quarta-feira, 2 de maio de 2012

Diretor Administrativo do HRNAP responde a nota publicada no Blog Povo Fronteirense

O professor Herivelto Ribeiro Bezerra, Diretor Administrativo do Hospital Norberto Ângelo Pereira respondeu por meio de um artigo a nota publicado no Blog Povo Fronteirense e aos comentários publicados na rede social Facebook.

"É melhor uma verdade amarga, que uma mentira doce"
O senhor Ronaldo, irmão do senhor Romildo deu entrada no Hospital de Fronteiras, vitima de um acidente de moto em horário de trabalho, e ao chegar neste nosocômio o médico plantonista (Dr. Francisco Aquiles estava ausente em decorrência de problemas de saúde como é do saber de todos) e não conseguimos encontrar substituto em tempo hábil. Mas, mesmo assim foi feito RX e constatada a fratura, a administração do Hospital Local ligou para o Hospital Regional Justino Luz (Hospital de referencia para a região), e a recepcionista que atendeu ao telefonema falou que o ortopedista de plantão era o Dr. Nonato e que poderíamos  encaminhar o paciente para uma analise do quadro.
Ao chegar em Picos, o mesmo foi atendido e constatou-se que não era urgência ou emergência, pois não se tratava de fratura exposta e nem a vida do paciente estava em risco. O braço do Sr. Ronaldo foi imobilizado e a cirurgia ficou para ser realizada entre segunda e quarta da semana seguinte, pois são os dias em que as cirurgias eletivas (marcadas) são realizadas.
Quando a direção falou que tinha ligado para Picos, havia ligado sim, porém não garantiu cirurgia, pois não temos ascendência sobre o Hospital Justino Luz e mesmo todo hospital trabalha em cima de critérios pré-estabelecidos (Urgência, emergência e cirurgias eletivas), e o caso do Sr. Ronaldo, até um leigo como eu, percebia que não se tratava de uma cirurgia de urgência, e a prova é tão cabal, que o mesmo esteve aqui sábado à noite, e retornou ontem pela manhã solicitando ao médico plantonista um atestado para requerer o benefício junto ao INSS; quanto à cirurgia, o mesmo preferiu fazer em Fortaleza - CE, com o auxilio do Dr. Paulo Melo (residente em ortopedia)pois é funcionário do supermercado Roberta, de propriedade da família do mesmo. O Sr. Ronaldo não vai fazer a cirurgia em Picos por uma questão de escolha pois se aqui permanecesse entraria na fila de espera e seria operado como tantos já foram. Esperar cirurgias eletivas, não é realidade de Fronteiras, Picos ou Teresina, é uma realidade do país em que vivemos, e creio eu, que se fosse uma emergência o mesmo teria sido operado na hora ou seria encaminhado para Teresina, ou Sr. Paulo Melo patrão do mesmo teria providenciado uma cirurgia particular pois o acidente ocorreu em horário de trabalho e o mesmo não costuma abandonar os seus funcionários ao leu.

2ª Parte do Artigo: "É melhor uma verdade amarga, que uma mentira doce"


Quem ligou para Picos, fui eu e repeti o que foi dito, que o paciente fosse encaminhado pois havia  um ortopedista de plantão. Essa ação de ligarmos para Picos sempre que encaminhamos um paciente é rotineira e o atendimento lá, vai depender da situação momentânea em  que se encontra o hospital, segundo os padrões SUS. Eu, o Sr. Ronaldo, o Sr. Romildo e qualquer cidadão brasileiro que quiser ter um tratamento diferenciado, deve ter muito dinheiro ou um plano de saúde muito bom, pois caso contrario, quando ocorrer um sinistro, como ocorreu com o Sr. Ronaldo, ficaremos a mercê da sorte ou de favores de pessoas que gozam de prestigio ou influência no sistema politico vigente.
Não vivo de mentiras, nem de farolas sou contra muitas coisas erradas que acontecem e luto por transformações. Creio que o hospital não pode e nem deve ficar sem médico, e que os médicos que aqui tiram plantão devem ficar em função dos pacientes internos e dos que aqui chegam em situação que requeiram uma atenção especial e provável  internamento. O médico contratado deve chegar no horário estabelecido e só sair quando o outro chegar, pois em cinco minutos a presença de um médico é determinante para a sobrevivência de um paciente grave. Vale ressaltar que a função primordial do hospital não é atender ambulatório (consultas rotineiras); para isso, há os médicos que trabalham no Posto de Saúde e cumprem uma carga horária de quatro horas por dia e atendem nesse espaço de tempo as pessoas que necessitam de consultas simples e encaminham para o hospital os que necessitam de internamento.
Caso isso não esteja acontecendo procurem seus direitos e exijam que os profissionais lá lotados (médicos, dentistas, fisioterapeutas, etc.) cumpram sua carga horária e façam a sua parte. Entretanto, a população tem a sua parcela de culpa pois se formos analisar, grande parte das pessoas que procuram o Posto de Saúde (manhã), são as mesmas que procuram o Hospital (tarde/noite) ou vice- versa e caso consigam se consultam com todos os médicos disponíveis levam o remédio para casa, não tomam e acabam cansando os médicos e tirando a vaga de uma pessoa que realmente necessita de tratamento médico. Para melhorar sugiro informatizar o sistema do Hospital e da Secretaria de Saúde e quando uma pessoa passar por esses órgãos, ficar cadastrado o problema e o tratamento, e já marcar o retorno para avaliar o resultado da medicação. Isso evitaria que as pessoas abusassem das instituições e dos profissionais e acima de tudo, evitasse o gasto desnecessário de medicamentos que na maioria das vezes não são consumidos e sim desprezados em sacos e gavetas.

3ª parte do Artigo: "É melhor uma verdade amarga, que uma mentira doce"


Defendo que todos trabalhem, desenvolvam suas funções, com compromisso e responsabilidade, mas temos que mudar muito, sair da lei do Gerson, fazer a nossa parte, sei que temos muitos problemas, contudo não é com mentiras e distorções que vamos mudar para melhor, muito pelo contrário vai fortalecer o sistema da INVERDADE.
Ficamos dois dias sem médico plantonista, mas nem um doente grave ficou sem ser atendido, todas as urgências foram encaminhadas para Picos e de acordo com a necessidade foram solucionadas, ninguém morreu por falta de atendimento, ninguém ficou paraplégico ou com sequelas por falta de atendimento. Espero que isso não ocorra mais, agora mas que nunca vamos nos policiar, pois até então, desde que assumimos o Hospital não tínhamos ficado um dia sem médico vamos nos organizar, limitar consultas desnecessárias, pois mesmo pagando o melhor plantão da região R$: 1.300,00 (mil e trezentos reais), estamos com dificuldades de contratar profissionais pois os mesmos reclamam que tem pessoas que procuram o hospital no meio da noite por uma simples dor de dente ou cefaleia que se resolve com 30 (trinta) gotas de dipirona.
Enfim, essa é a nossa realidade e somente com muito diálogo e reflexão, iremos mudar não só na saúde, mas também na justiça, na educação (esta principalmente para que as pessoas aprendam a escrever e interpretar um pequeno texto). Se todos nos unirmos, mostrando soluções e cobrando de forma adequada, tenho certeza que muito em breve iremos perceber os resultados positivos das nossas ações e estaremos contribuindo para a construção de uma Fronteiras cada vez melhor.
Herivelto Ribeiro Bezerra 
Diretor Administrativo do HRNAP


(89) 99712262
Fronteiras Piauí, 02.05.2012.

Carreta carregada de cimento tomba na PI 378

Uma carreta de placas BWR- 4826 (Teresina-PI) tombou na tarde da última segunda (30) por volta das 13:30hs, na PI 378, trecho que liga a cidade de Pio IX a Fronteiras.
O veículo transportava cimento da fabrica Itapissuma que fica no município de Fronteiras-PI. Segundo informações, o carregamento seguia para a capital Teresina, num percurso aproximado de 465 km.
O motorista da carreta identificado apenas por Cícero teve ferimentos leves e declarou que já estava acostumado fazer aquela rota, pois a percorria de duas a três vezes por semana.
O destino da cimento era a construção de um Shopping na capital piauiense.