O secretário estadual de Fazenda, Rafael Fonteles,
disse que uma equipe do Governo deve se reunir com proprietários da empresa na
próxima semana.
Ex-trabalhadores da
Itapissuma, produtora do cimento Nassau no Piauí, se reuniram para discutir
como ficará a questão dos direitos trabalhistas. No início da semana, a empresa
anunciou demissão em massa de mais de 400 funcionários. Apenas 70 pessoas,
entre vigilantes e setor administrativo, permanecem no emprego.
No comunicado, a empresa
informou que a medida deve-se à crise econômica que assola o país e acabou
refletindo na queda de 80% das vendas.
“Por mais que as vendas
tenham caído, a empresa nunca deixou de vender para o mercado. Tudo o que a
gente fabricava era vendido. No decorrer dessa crise interna do grupo, parou a
produção. Contudo, as vendas continuaram”, diz o eletricista Alexandre Costa.
Antes da crise, a média de produção era de 1 milhão de sacos de cimento,
gerando R$ 500 mil por mês.
A fábrica de cimento foi
instalada na cidade de Fronteiras, em 2011 e, nos últimos anos, enfrentava
dificuldades. No mês de fevereiro, os trabalhadores decidiram paralisar as
atividades por tempo indeterminado, por conta de atraso salarial.
O impacto da demissão em
massa já repercute no comércio da cidade.
A fábrica de cimento foi
instalada na cidade de Fronteiras, em 2011 e, nos últimos anos, enfrentava
dificuldades. No mês de fevereiro, os trabalhadores decidiram paralisar as
atividades por tempo indeterminado, por conta de atraso salarial.
O impacto da demissão em
massa já repercute no comércio da cidade.
“Eu tinha muitos clientes
da Itapissuma. Ontem, antes de saírem, ainda vieram comprar o café da manhã.
Hoje percebi que o movimento caiu bastante”, avalia o padeiro Benjamin Emídio
de Sousa.
“Não estou sabendo como
vou sustentar minha família. O que eu tinha era esse emprego. Ficou muito
difícil agora”, disse o carpinteiro Francisco José de Brito, que ficou desempregado
juntamente com mais três pessoas da família.
A situação preocupa também
a prefeita de Fronteiras. uma vez que a Itapissuma era a maior fonte
arrecadadora do município.
“Não tendo produto a ser
exportado do nosso município, o que vamos fazer? sobreviver de que? De um
FPM?”, questiona a Maria José, prefeita de Fronteiras.
Participaram da reunião,
nesta terça-feira (07), representantes do Sindicato dos Trabalhadores da
Construção Civil, Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Tecnológico do
Piauí, poder municipal, advogados trabalhistas e ex-funcionários, ainda
surpresos com a demissão em massa.
“Os colaboradores chegaram
para trabalhar e os motoristas dos ônibus vieram nos entregar um comunicado
dizendo que a gente havia sido chamado para uma reunião. Foi quando uma equipe
do RH pediu para que a gente assinasse o aviso prévio”, conta Paulo Pinheiro,
assistente de qualidade.
Ninguém da empresa quis se
pronunciar sobre as demissões.
O secretário estadual de
Fazenda, Rafael Fonteles, disse que uma equipe do Governo deve se reunir com
proprietários da empresa na próxima semana.
“Também fui pego de surpresa. Todos os pleitos de incentivos fiscais a esta empresa foram atendidos e continuam vigorando. E não só pleitos de incentivos fiscais, mas de infraestrutura (energia, água e estrada). A empresa alegou a crise econômica, de fato um motivo relevante, mas o governador Wellington Dias e sua equipe econômica avalia se há algum mecanismo para não haver o fechamento da fábrica. Existe prejuízo para a arrecadação, mas o pior é a perda dos empregos”, disse o secretário.
“Também fui pego de surpresa. Todos os pleitos de incentivos fiscais a esta empresa foram atendidos e continuam vigorando. E não só pleitos de incentivos fiscais, mas de infraestrutura (energia, água e estrada). A empresa alegou a crise econômica, de fato um motivo relevante, mas o governador Wellington Dias e sua equipe econômica avalia se há algum mecanismo para não haver o fechamento da fábrica. Existe prejuízo para a arrecadação, mas o pior é a perda dos empregos”, disse o secretário.
Fonte: Cidade Verde
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